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sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

90 minutos de vento, chuva e sol na final

Torcida do SOBE Iguaçu 
Foto: Gabriel Fragoso

O primeiro jogo da grande final da suburbana – juvenil ocorreu no dia 01 de dezembro, onde se enfrentaram União Capão Raso x SOBE Iguaçu. A equipe do Capão Caso teoricamente jogou em casa, no Estádio do Trieste, pois os times do juvenil jogam nos estádios em que ocorre a final do amador da suburbana, no caso, jogaram após o juvenil, Trieste x SOBE Iguaçu.

O jogo encerrou empatado em 0x0, com shows de bola na trave da equipe do Capão Raso. Um jogo bastante equilibrado como o placar aponta. Um jogo com lindas tabelas e jogadas individuais. Mas o fator mais importante do jogo foi o clima, pois o jogo se iniciou com uma ventania, e para piorar começou a chover ainda no primeiro tempo, mas quando se iniciou a segunda etapa, abriu o tempo com um sol forte, e assim se encerrou a partida.

O Trieste e o Capão Raso não tem uma torcida organizada, foi visto que nos jogos desses times, que geralmente quem vai aos jogos apoia-los são as famílias dos jogadores. Foram entrevistados o jogador Bruno, goleiro do Capão Raso, e sua família que foi até o outro lado da cidade para torcer pelo time de seu bairro e para o jogador.


O segundo jogo ocorrerá no Estádio Egidio Pietrobelli, do time do Iguaçu, no sábado dia 08 de dezembro. Os dois times precisam da vitória, pois não há saldo de gols em finais.

As emoções da decisão de um campeonato


            Quais são os sentimentos de um torcedor ao assistir um jogo de seu time? Paixão, emoção, nervosismo, tensão... Estes sentimentos se elevam numa final de campeonato. No primeiro jogo da decisão da Copa Sul Americana, acompanhamos a torcida do Atlético-PR em um bar de Curitiba e buscamos reportar as emoções vividas pelos torcedores neste que é um dos jogos mais importantes da história do clube.
            A partida foi realizada na cidade de Barranquilla, na Colômbia, às 22:45h do dia 5 de dezembro. No dia do jogo era visível a empolgação e ansiedade dos torcedores rubro-negros, afinal, as chances de conquistar o primeiro título internacional são grandes. As movimentações próximas ao estádio se iniciaram cedo, com a chegada dos torcedores à Praça Afonso Botelho, ponto de encontro da torcida do Furacão. O clima era de muita festa, mas conforme se aproximava o início da partida, se tornava nítida a apreensão dos torcedores.
            Após o apito inicial do árbitro, o clima de tensão se transformou novamente em festa da torcida que, mesmo distante, apoiava e cantava como se estivessem no estádio. Depois de um primeiro tempo morno e sem muitas emoções, os torcedores aproveitaram o intervalo para acalmar os ânimos da partida que estava tensa.


Tensão foi o principal ingrediente na primeira partida da decisão da Copa
Sul Americana.
Foto: Guilherme Boller

            Na segunda etapa tivemos um jogo muito diferente, com as duas equipes criando boas oportunidades de ataque e trazendo mais emoção à partida. A equipe do Atlético-PR abriu o marcador com Pablo, causando euforia e trazendo uma explosão de alegria aos torcedores do Furacão. Porém, a alegria logo deu lugar novamente a tensão. Ainda extasiados, a torcida recebeu um balde de água fria com o gol marcado pela equipe colombiana logo na sequência. Um misto de sentimentos tomou conta do bar. Alegria misturava-se com frustração, êxtase e ansiedade se combinavam e a partida que parecia estar bem encaminhada, tomou um novo rumo. A aflição se tornou ainda maior com a marcação de um pênalti a favor do Junior Barranquilla. Mas a bola na trave novamente trouxe alegria aos torcedores, dessa vez com uma dose de alívio.
            Encerrada a partida, os torcedores rubro-negros puderam respirar aliviados com o empate conquistado, resultado que foi bom, dadas as circunstâncias da partida. As equipes se enfrentam no próximo dia 12 e decidirão, na Arena da Baixada, o título da Copa Sul Americana de futebol. Confira abaixo algumas das imagens feitas na partida da última quarta-feira.

Estopim da Fiel - Sub sede Curitiba


            Fundada em 1979, a Estopim da Fiel é uma das maiores organizadas do Sport Club Corinthians Paulista. Com sede em Diadema (SP), a torcida conta com outras doze sub sedes pelo Brasil. Uma delas é a sub sede Curitiba, localizada no bairro Boa Vista, que funciona como uma representação da organizada na capital paranaense.
            Apesar de ser subordinada à sede de Diadema, a Estopim da Fiel Curitiba promove campanhas e eventos próprios. A sub sede também sempre envia representantes aos jogos do Corinthians, seja na capital paulista ou em outras cidades do Brasil. Além das atividades ligadas ao clube, os torcedores também possuem um calendário de ações sociais em datas especiais como o período de volta às aulas, Dia das Crianças e Natal.
            Atualmente a sub sede em Curitiba é presidida por Amauri Leite Dias que ressalta a importância do trabalho feito pelos diretores e associados, mas também salienta a importância do apoio prestado pela torcida de Diadema. Entretanto, o trabalho da Estopim da Fiel Curitiba não é fácil, pois os torcedores precisam estar sempre organizando caravanas e viagens para outras cidades a fim de acompanhar os jogos do clube. Outra dificuldade apresentada é a relação com as torcidas dos clubes locais que estão em maior número na cidade.

Bateria da torcida Estopim da Fiel Curitiba, na IV Festa do Chopp
Foto: Guilherme Boller

            Confira abaixo as imagens da IV Festa do Chopp, evento organizado pela torcida no mês de dezembro e conheça um pouco mais sobre a Estopim da Fiel Curitiba:

Fale conosco, não sobre nós!


         Criada há 4 anos, a Associação Nacional de Torcidas Organizadas (ANATORG), surgiu com o pretexto de fomentar o diálogo entre as torcidas sobre os aspectos as quais estão submetidas nas arquibancadas brasileiras. A ANATORG foi criada por torcedores e para os torcedores, visando combater a violência, as proibições e debatendo sobre uma melhora nas condições dos torcedores dos clubes de futebol do país.
            A cada dois meses, a diretoria da ANATORG realiza palestras e conversas com torcidas organizadas em um estado diferente. No dia 10 de novembro, foi realizado o Seminário ANATORG – Região Sul, em Curitiba. O encontro reuniu torcidas dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e trouxe os seguintes temas como pauta:

            - Reivindicação da festa nas arquibancadas, com bandeiras de mastro e outros materiais que hoje são proibidos pelas autoridades;
            - Requisição de respeito das autoridades e cobrança da devida execução dos direitos dos torcedores, em acordo com o estatuto do torcedor;
            - Promoção do debate e diálogo entre as torcidas organizadas locais e seus associados, visando o bem comum entre as torcidas; e
            - Debate sobre a imposição de torcida única nos estádios e cota de ingressos com valor popular.

Torcidas da região sul do Brasil presentes no Seminário da ANATORG.
Foto: Guilherme Boller

           
            Cada um dos temas foi trazido por um representante da ANATORG, onde foi explicada a problematização de cada tema e aberto o diálogo para que os torcedores pudessem buscar um acordo a fim de solucionar a questão. É importante salientar a relevância do evento, que reuniu torcedores rivais em um mesmo espaço, mantendo um clima pacífico entre eles.
            Quando se fala em torcida organizada, muito se diz sobre violência, brigas ou mortes. Como solução, as autoridades aplicam aos torcedores medidas de caráter punitivo, seja dentro ou fora dos estádios. Um dos palestrantes trouxe um dado importante sobre o tema: No Brasil, desde 1995, foram criadas mais proibições às torcidas em relação ao ano anterior, mas o número de torcedores mortos ou envolvidos em confronto também crescia anualmente. Estes dados comprovam que ações punitivas não resolvem os casos de violência e que o Estado deveria concentrar os seus esforços em medidas corretivas e educativas a fim de solucionar o problema.
            Alex Sandro Gomes, também conhecido como Minduim, é o atual presidente da ANATORG e esteve presente no evento em Curitiba. Acompanhe a entrevista com o presidente, onde ele discorre um pouco mais sobre os temas debatidos no seminário:


O poder da mulher e o grito de liberdade


O machismo é presente em tudo na vida, inclusive no esporte. O futebol infelizmente é cercado por homens que bloqueiam ações de mulheres para sentirem-se superiores, quando na verdade esses homens que praticam o machismo são o contrário de superiores.

É algo que fere a honra de muitas mulheres e de quem presa pela segurança, vida e pelo bem comum. Como um meio de combater a autoridade implantada por alguns homens, foi criada uma organização chamada Força Feminina Colorada (FFC), do clube SC Internacional.

Torcedora do Internacional participando da bateria instrumental
Fotografia: FFC
A Força Feminina Colorada é um conjunto de mulheres que se dispuseram a não tolerar homens dizendo a elas o que fazer ou não fazer dentro e fora do estádio. Umas das causas da luta, são porque algumas torcidas do Brasil as mulheres não podem participar de atividades das torcidas, como tocar a bateria, ser a porta bandeiras, entre outras coisas.

Uma das representantes da FFC, Malu Barbará, cedeu-nos uma entrevista junto á Carolina (representante do setor feminino da Império Alviverde, torcida organizada do Coritiba). E como o futebol abrange a todos, não fomos à busca apenas dos times profissionais. Fomos conversar com a Fabiane, torcedora do Pilarzinho (time da suburbana de Curitiba) e que participa da torcida organizada Camisa 12.



quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Chuva, raça e o futebol raiz


No sábado, foi realizada a cobertura da segunda etapa das quartas de finais do campeonato de Suburbana entre os times regionais Capão Raso e Santa Quitéria. O primeiro jogo foi no estádio do Quitéria, Mauricio Fruet, onde o time da casa ganhou de 1x0.
O time do Quitéria foi em busca de um empate ou vitória na casa do Capão Raso para classificar-se para o próxima etapa, lembrando que neste campeonato não há saldo de gols.
Montagem da bandeira da Organizada Taliban
Foto: Guilherme Boller

Os blogueiros Gabriel Fragoso e Guilherme Boller foram entrevistar a Torcida Organizada Taliban, que é a torcida da Santa Quitéria. Falamos com o torcedor Leandro do time visitante e o que ele esperava para a partida, confira:

Já a torcida do time da casa não ficou muito satisfeita com a atuação do time e nem com a arbitragem, veja o que o Elias, pai de um dos jogadores do Capão Raso, disse sobre a partida:

O jogo foi repleto de problemas e emoções, a chuva atrapalhou tanto a torcida quanto à imprensa. O jogo se encerrou com vitória e a classificação do Quitéria, com direito a pênalti perdido do time do Capão Raso. 

Mas o que realmente foi lindo de ver foi o apoio da torcida visitante na chuva, sem parar de cantar e sem abandonar o seu time em um jogo fora de casa, onde o time do Capão lutou até o fim para tentar a classificação.

Torcedor do Capão Raso subindo em caixotes para assistir ao jogo
Foto: Guilherme Boller

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

O papel social da torcida organizada


            Uma torcida organizada é sempre lembrada pelas festas dentro dos estádios, mas se engana quem pensa que suas atividades estão limitadas apenas às arquibancadas. Em Curitiba, muitas das torcidas possuem um calendário de ações em prol de instituições e comunidades carentes, atividades estas que contam com o apoio dos torcedores e da sociedade.
            Há 10 anos em Curitiba, a Estopim da Fiel, organizada do Corinthians (SP), conta com uma sub-sede no bairro do Boa Vista. A torcida é representação de uma das maiores organizadas do cube paulista na capital paranaense. Além das atividades ligadas ao esporte, os integrantes da Estopim da Fiel também possuem uma agenda repleta de eventos comemorativos e de ações sociais.
            No mês de outubro foi realizada umas das principais ações sociais da torcida: a ação de Dia das Crianças. O evento, planejado e organizado pela Estopim, reuniu mais de 50 crianças na sub-sede da torcida e contou com atividades de recreação, corte de cabelo e distribuição de brinquedos e doces aos pequenos moradores da Vila Liberdade, comunidade de Colombo. A ação só foi concretizada por conta do suporte dos torcedores e dos cidadãos que apoiaram a campanha com doações e arrecadação de material.
Crianças participaram de atividades recreativas junto aos membros da organizada.
Foto: Guilherme Boller

            A ação de Dia das Crianças na Estopim da Fiel já se tornou um evento tradicional dos torcedores alvinegros. A organizada também executa outras ações sociais durante o ano, como a arrecadação de material escolar no período de volta às aulas, campanha de inverno e campanha de Natal. Estas ações não geram nenhum tipo de retorno financeiro ou material para a torcida e todas as atividades são em benefício daqueles que necessitam. Tal fato comprova a importância das torcidas organizadas não só dentro dos estádios, mas também na sociedade. Constantemente tendo o seu comportamento questionado, as organizadas demonstram, através de ações sociais como as promovidas pela Estopim da Fiel, um engajamento social que, por muitas vezes, é negligenciado pelas autoridades e pelo governo.

Dia das crianças Estopim from Guilherme Augusto Boller on Vimeo.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

O poder da torcida no futebol amador



Integrantes da Torcida Organizada Camisa 12
Foto: Gabriel Fragoso

No sábado, 27 de outubro, foi realizada a cobertura da primeira etapa das quartas de finais do campeonato de Suburbana entre os times regionais Operário Pilarzinho e Trieste. O primeiro jogo foi no estádio do Pilarzinho, Bórtolo Gava, onde o jogo acabou empatado em 1x1, com uma bela polêmica no último lance de jogo que resultou em pênalti e com a quantidade de acréscimos cedidos pelo juiz. 
A suburbana é um campeonato amador de bairros de Curitiba, que vai de série A a série B. A primeira divisão do campeonato conta com 12 times que se enfrentam entre eles em jogo de ida e volta por pontos corridos. Após isso, o time que se classifica em primeiro enfrenta o último colocado, o segundo enfrenta o penúltimo colocado e assim sucessivamente.
O campeonato se inicia em julho em termina em dezembro, contando com vários ex-profissionais de grandes clubes paranaenses. Entretanto, existem algumas regras que o diferenciam do futebol profissional, como a decisão por saldo de gols que não existe no torneio amador.

Preparativos da torcida para a recepção dos jogadores.
Foto: Gabriel Fragoso
Como o foco do Blog é a torcida, os jornalistas Gabriel Fragoso e Guilherme Boller foram entrevistar a Torcida Organizada Camisa 12, que é a torcida do Pilarzinho desde 2008. Foi falado com Fabio e Fabricio Saporreti, irmãos gêmeos que ajudaram na fundação da torcida, e ajudam até hoje no crescimento da organizada. Os irmãos Saporreti explicam o que significa a torcida para o clube, que os jogadores têm um compromisso com o clube mesmo sendo um campeonato amador.
O que foi visto no jogo, foi uma torcida que não parou de cantar e apoiar o time, uma bela recepção, com cerca de 300 pessoas, que fizeram uma festa com fogos de artifício, sinalizadores, bateria e papel picado. Apesar do empate, o time foi aplaudido depois do jogo, fato que ressalta a importância da torcida para o clube.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Cheerleading: do suporte ao esporte


            Prática muito difundida nos Estados Unidos, o cheerleading vem cada vez mais conquistando o seu espaço no Brasil. Porém, esqueça aquela imagem pré-estabelecida dos filmes americanos a respeito das líderes de torcida. Se engana quem pensa que a função das cheerleaders é apenas animar os times e torcedores dentro dos estádios, pois elas também estão submetidas a uma árdua rotina de treinos para alcançarem a performance desejada.
            O blog acompanhou a equipe de cheerleading do Brown Spiders FA e teve a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a rotina de treinos das garotas. Suas apresentações consistem na utilização de elementos da música, dança e da ginástica para comporem exibições que podem durar até dois minutos e meio. Elas se encontram duas vezes durante os finais de semana com o intuito de praticar as apresentações que devem ser realizadas durante as partidas de futebol americano e nos torneios de cheerleaders. Entretanto, é comum a realização de treinos não agendados dos stunts, divisões menores da equipe que competem em uma categoria especial.

Equipe de cheerleaders do Brown Spiders no II Campeonato Paranaense de
Cheerleading. Foto: Guilherme Boller

            Apesar da pesada rotina de treinos, da carga emocional envolvida e de todo o preparo necessário, a prática ainda não é encarada como um esporte por muita gente que desconhece o nível das habilidades de quem a pratica. As cheerleaders ditam o ritmo da torcida dentro dos estádios, mas devem manter a postura e a calma durante as apresentações, que são compostas por passos de dança e muitas acrobacias. O esporte como conhecemos hoje surgiu nos Estados Unidos e, inicialmente, o único objetivo era apenas torcer para as equipes de diferentes modalidades esportivas, como o basquete e o futebol americano, mas as apresentações durante os jogos e intervalos das partidas tomaram uma proporção tão grande que hoje existem competições próprias de cheerleading.
            Uma dessas competições é o Campeonato Paranaense de Cheerleading, que teve a segunda edição realizada em Curitiba, no último dia 20 de outubro. O torneio reuniu equipes de todo o estado que competiram entre si em diferentes categorias e níveis dentro da modalidade. A equipe do Brown Spiders esteve presente no evento e competiu nas seguintes modalidades:

- Team Cheer: categoria onde toda a equipe executa uma apresentação de dois minutos e meio;
- Best Cheer: categoria solo, onde uma única atleta executa uma performance de até um minuto; e
- Stunt: categoria onde uma divisão menor da equipe se apresenta por um minuto.

            A atleta do Brown Spiders, Keilla Nascimento, participou das duas primeiras modalidades, sagrando-se campeã na primeira e vice na segunda. Keilla mora em Curitiba, mas seus familiares vivem em Guarapuava, o que a fez adotar a equipe como sua família. A atleta afirmou que a sensação de superação é enorme e que a união da equipe se fortaleceu após a competição. Sentimentos estes que são compartilhados também pelo restante do time, que ressaltam a importância do espírito esportivo, da coletividade e da determinação para a prática do esporte.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Apresentação do blog - Coritiba x Avaí

Torcedor do Coritiba presente no Couto Pereira.
Foto: Gabriel Fragoso Barros

            Ressaltar a importância do torcedor brasileiro, essa é a principal intenção do blog “Vozes da Arquibancada”. Os estudantes do curso de Jornalismo Gabriel Fragoso Barros e Guilherme Augusto Boller transmitirão, através do blog, as manifestações de apoio das torcidas paranaenses. Mais do que o já famoso suporte prestado dentro dos estádios, tencionamos também apresentar ao público uma outra face dos torcedores. Campanhas solidárias, ações sociais, as dificuldades e concessões que as pessoas integradas a este meio estão submetidas, tudo isso será retratado e apresentado aqui no blog para que um maior número de pessoas se liberte do estigma existente quando o assunto é torcida.
            Para iniciar esta série de trabalhos, acompanhamos a torcida do Coritiba no dia 29 de setembro, na partida contra o Avaí. O clube, que atualmente disputa a Série B do Campeonato Brasileiro, vinha numa sequência de resultados ruins, além de viver um período conturbado em seus bastidores. A má fase do time reflete-se também nas arquibancadas do Estádio Couto Pereira, a casa do Coxa. Mesmo sendo dono da 5ª melhor média de público do torneio, o Coritiba apresenta um número baixo de torcedores quando joga em seu domínio.
Torcida do Coritiba canta e vibra em partida contra o Avaí. 29/09/2018
Foto: Gabriel Fragoso Barros

           
Antes da partida, entrevistamos o atual presidente da Império Alviverde, maior torcida organizada do clube. Juliano Rodrigues, mais conhecido como Lano, tem 40 anos e é membro da torcida desde 1992. Lano explicou como funcionam as atividades da Império, além de salientar a importância que tem o torcedor dentro do estádio. Ele reitera que, nos momentos difíceis da equipe, é onde a presença do torcedor se faz mais importante. O presidente também apresentou os projetos e ações sociais das quais a organizada faz parte.


            Durante o jogo, o que se viu foi um apoio incondicional dos pouco mais de 7.000 torcedores presentes nas arquibancadas do estádio. Desde o apito inicial do árbitro até o último minuto de acréscimo da partida, a torcida do Coritiba cantou, vibrou e incentivou a equipe em busca da vitória. O apoio da torcida alviverde reverberou dentro do gramado, causando uma motivação extra nos jogadores que, com um gol do volante Vitor Carvalho, saíram vitoriosos da partida.